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Camocim

Dezenas de bandeiras vermelhas. Nada além da cor vermelha, nem palavras, nem símbolos, nem siglas. Centenas de pessoas vestindo azul. Nada além da cor azul. Grupos inflamados gritando e cantando, e que se inflamam, gritam e cantam ainda mais diante da câmera, combustível para uma atuação posada. Um misto do que poderia ser um carnaval na rua, a comemoração de torcidas organizadas, palanque folclórico-político.

É tudo tão falso. Falso a tal ponto, que começo a duvidar de que isso que vejo seja um falso documentário. Será que as pessoas estão encenando tudo isso? Toda essa campanha absurda é real ou as cenas foram previamente provocadas? Esses diálogos, essas ações, essas cores. Não há discussão alguma sobre programa, sobre os partidos, sobre análises de conjuntura.

Sempre acreditei que política é uma coisa, e politicagem é outra. Conforme assistia ao longa de Quentin, fico em dúvida. No início, quando Mayara e sujeitos que protagonizam o filme partem para a ação, com celulares em punho, há a impressão de que eles tenham uma crítica em relação a tudo isso. Mas apesar do discurso sobre mudança, sobre o poder da juventude, ao longo da narrativa isso tudo parece não fazer mais diferença. São personagens dentro de um ‘esquemão’ clientelista de coronéis. E muito importante nos perguntar: o que o filme faz diante disso? Política ou politicagem?

Em meio a campanha, seus bastidores, o “jogar o jogo”, no ápice, há uma trilha sonora não diegética, planos desacelerados. Até aí, eu não me surpreenderia se alguém dissesse que sim, trata-se de uma ficção construída com essa intenção! Não há debate possível em Camocim, parece não haver debate possível no Brasil polarizado. Somente a sociedade do espetáculo.

Há um corpo estranho nessa unidade vermelho-azul. Jovens descrentes que vestem preto, e se recusam a fazer parte dessa banda podre. Não nos dão um contraponto à velha política, e também não saem muito do clichê: afinal, resta dedilhar ao violão e cantar “Tempo Perdido” do Legião Urbana tomando cerveja no bar?

O filme percebe uma caricatura na cidade de Camocim, e de alguma forma leva essa caricatura adiante. A política num apocalipse apolítico. Será que mais nada acontece por lá durante os quatro anos, além da campanha eleitoral?

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